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Higiene, autoconhecimento e cuidado são pilares da saúde íntima — e da autoestima. Entenda as principais diferenças entre corpos e como manter sua intimidade saudável em todas as fases da vida.

Cuidar da saúde íntima é essencial — não apenas para evitar desconfortos e prevenir condições médicas, mas para viver com mais liberdade, desejo e autoconfiança, impactando positivamente o bem-estar geral e a qualidade dos relacionamentos. Ainda cercado de tabus, o tema merece atenção cuidadosa, com informação de qualidade, linguagem acessível e, claro, um toque de sofisticação.

Neste artigo, a Dovana te convida a explorar com elegância os fundamentos da saúde íntima feminina e masculina, com dicas práticas, embasamento científico e foco no bem-estar físico e emocional, promovendo uma abordagem holística para a sua saúde.

  1. Saúde íntima feminina: além da higiene
    A região íntima feminina possui uma complexa flora própria, dominada por bactérias benéficas do gênero Lactobacillus, que produzem ácido lático, mantendo um pH naturalmente ácido (entre 3.8 e 4.5). Esse ambiente ácido é crucial, pois atua como uma barreira protetora contra a proliferação de microrganismos patogênicos. O excesso de limpeza, o uso de produtos inadequados (como sabonetes comuns ou desodorantes íntimos com fragrâncias fortes), roupas que não permitem a ventilação ou até mesmo desequilíbrios hormonais e estresse podem desequilibrar essa delicada microbiota. Esse desequilíbrio, conhecido como disbiose, aumenta o risco de infecções comuns como a candidíase (causada principalmente por Candida albicans) e a vaginose bacteriana (associada ao crescimento excessivo de bactérias como Gardnerella vaginalis).¹ Entender como evitar infecção íntima passa por respeitar a biologia do seu corpo e suas defesas naturais.

Dicas práticas para a saúde íntima feminina:

Sabonete íntimo ideal: Opte por sabonetes íntimos desenvolvidos especificamente para a região, com pH compatível (entre 4,5 e 5,5), que ajudam a preservar a flora vaginal sem causar irritações. Ingredientes como ácido lático, prebióticos e extratos naturais calmantes são preferíveis, enquanto fragrâncias, corantes e parabenos devem ser evitados.
Evite duchas internas: As duchas internas são desaconselhadas por removerem bactérias benéficas, alterarem o pH natural e poderem empurrar bactérias para o útero, aumentando o risco de infecções pélvicas inflamatórias (PID) e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A vagina possui um sistema de autolimpeza eficiente.
Tecidos respiráveis: Prefira roupas íntimas de algodão no dia a dia, pois tecidos sintéticos (como lycra e nylon) podem reter umidade e calor, criando um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias. Evite roupas muito apertadas e troque biquínis ou roupas de ginástica molhadas o mais rápido possível.
Atenção aos sinais: Observe qualquer alteração como coceira persistente, ardência, dor durante a relação sexual, odor forte ou diferente do usual (por exemplo, odor de peixe na vaginose bacteriana, ou um odor adocicado na candidíase), ou corrimento incomum (como corrimento esbranquiçado e grumoso na candidíase, ou cinzento e homogêneo na vaginose bacteriana). Ao notar qualquer sintoma, consulte um ginecologista regularmente para um diagnóstico preciso e orientação adequada, evitando a automedicação.

  1. Saúde íntima masculina: cuidados que também importam
    A saúde íntima masculina também exige uma rotina de cuidados específicos para prevenir problemas e garantir o bem-estar. A higiene peniana adequada, a atenção ao uso correto do preservativo, a hidratação da pele e a prevenção de infecções são fundamentais. A falta de higiene pode levar ao acúmulo de esmegma (uma substância esbranquiçada composta por células mortas, óleos e umidade) sob o prepúcio, o que pode causar irritação, inflamação e odor. Problemas como a balanite (inflamação da glande, a cabeça do pênis), a postite (inflamação do prepúcio), a balanopostite (inflamação de ambos) ou Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser evitados com bons hábitos e informação.²

Dicas práticas para os cuidados com o pênis:

Higiene diária: Lave a região com água e sabonete neutro diariamente, retraindo completamente o prepúcio (se não for circuncidado) para limpar a glande e remover o esmegma. É crucial secar bem a região após a lavagem para evitar a umidade que favorece o crescimento de fungos.
Produtos suaves: Evite produtos abrasivos, antissépticos fortes ou altamente perfumados, que podem causar irritação, ressecamento e desequilíbrio da flora natural da pele sensível do pênis. A água e um sabonete suave e sem fragrância geralmente são suficientes.
Check-ups regulares: Mantenha consultas periódicas com um urologista, especialmente para homens acima dos 40 anos, para check-ups e exames preventivos, incluindo a avaliação da próstata e a discussão sobre o autoexame testicular, que é fundamental para a detecção precoce de anomalias.
Uso correto do preservativo: Além de prevenir ISTs e gravidez indesejada, o uso correto do preservativo também protege a pele sensível do pênis de irritações e infecções que podem ser causadas por atrito excessivo ou contato com fluidos corporais.

  1. Lubrificantes, géis e acessórios: aliados do conforto e da saúde
    Muitas pessoas ainda associam o lubrificante íntimo apenas ao ato sexual. No entanto, sua função vai muito além: os lubrificantes e géis também desempenham um papel terapêutico crucial, sendo essenciais para o conforto e a saúde íntima. Eles reduzem o atrito, prevenindo microfissuras na pele e mucosas (que podem aumentar o risco de infecções, incluindo ISTs) e aumentando o conforto durante a penetração. Isso é especialmente importante em casos de secura vaginal (comum na menopausa, durante a amamentação, devido a certos medicamentos como antidepressivos ou tratamentos de câncer), para quem busca mais conforto no sexo anal confortável, ou em situações de dispareunia (dor durante a relação sexual).³

Na Dovana, recomendamos lubrificantes premium com base aquosa ou siliconada. Lubrificantes à base de água são versáteis, fáceis de limpar e seguros para uso com preservativos de látex e a maioria dos brinquedos sexuais. Lubrificantes à base de silicone são mais duradouros, ideais para uso na água e compatíveis com preservativos, mas devem ser usados com cautela em brinquedos de silicone. Evite lubrificantes à base de óleo com preservativos de látex, pois podem degradá-los. Além disso, os géis sensoriais com efeitos térmicos (esquenta/esfria), vibrantes ou até levemente anestésicos, são ideais para quem deseja explorar novas sensações com mais segurança e prazer, tornando a experiência mais rica e confortável. No entanto, géis anestésicos devem ser usados com moderação, pois podem mascarar desconfortos importantes ou causar dormência excessiva. A escolha de um gel íntimo seguro e de qualidade, livre de parabenos, glicerina excessiva e fragrâncias artificiais, é fundamental para o bem-estar e a saúde.

  1. Saúde íntima é também emocional
    Desejo, libido, excitação e orgasmo não são apenas respostas físicas; são profundamente integradas ao corpo e à mente, influenciadas por complexas interações neuroquímicas (como a liberação de dopamina e oxitocina), hormonais e psicológicas. Fatores como estresse crônico, ansiedade, depressão, problemas de autoestima, traumas passados, crenças limitantes sobre sexualidade e até mesmo a vergonha ou culpa em relação à intimidade podem impactar diretamente na vivência da sexualidade e levar a uma libido baixa ou disfunções sexuais.⁴ A saúde íntima emocional é um pilar para uma vida sexual plena e satisfatória.

Cuidar da saúde emocional e sexual, respeitar o próprio ritmo, praticar o autoconhecimento (incluindo a autoexploração e a masturbação consciente), e buscar estímulos com consciência são atitudes essenciais para uma vida íntima saudável e verdadeiramente prazerosa. O bem-estar íntimo floresce quando há um equilíbrio entre o físico, o emocional e o relacional, permitindo que o desejo e o prazer se manifestem plenamente. Procurar terapia, especialmente a terapia sexual, ou aconselhamento especializado pode ser um passo importante para melhorar o desejo, resolver conflitos internos e aprimorar a relação com o próprio corpo e sexualidade, bem como com o parceiro(a), através de uma comunicação aberta e honesta.

Conclusão
Cuidar da saúde íntima é uma escolha de carinho com o próprio corpo — e também com quem se compartilha a intimidade. É um ato de empoderamento e autoconsciência que reflete diretamente na sua qualidade de vida. Seja mulher ou homem, iniciante ou experiente, a Dovana é seu espaço confiável para explorar, cuidar e descobrir com sofisticação, segurança e privacidade.

Porque saúde íntima é liberdade. E liberdade é elegância.

Fontes científicas
¹ Linhares, I. M., et al. (2010). Bacterial vaginosis and host immune response. American Journal of Reproductive Immunology, 63(5), 333–344. (Este artigo discute a relação entre a vaginose bacteriana e a resposta imune do hospedeiro, destacando a importância do equilíbrio da flora vaginal e o papel dos Lactobacillus.) ² O’Flynn, N. (2010). Balanitis. BMJ Clinical Evidence, 2010. (Esta revisão clínica aborda a balanite, uma condição inflamatória comum na região peniana masculina, suas causas, incluindo a higiene inadequada e o acúmulo de esmegma, e tratamentos.) ³ Leiblum, S. R. (2001). Treating sexual desire disorders. Guilford Press. (Este livro, embora focado em transtornos do desejo sexual, aborda o papel do conforto, da lubrificação e da prevenção de microtraumas na experiência sexual geral, ressaltando a importância dos lubrificantes em diversas condições.) ⁴ Brotto, L. A., & Basson, R. (2014). Group mindfulness-based therapy significantly improves sexual desire in women. Behavior Research and Therapy, 57, 43–54. (Este estudo demonstra como a terapia baseada em mindfulness pode impactar positivamente o desejo sexual feminino, sublinhando a profunda conexão mente-corpo na sexualidade e a influência de fatores emocionais.)

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